julho 2017 - UBM - Seção Paraná

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UBM-PR elege nova coordenação e delegadas para o 10º Congresso da UBM

sábado, julho 22, 2017


O 7º Encontro Estadual da União Brasileira de Mulheres-Seção Paraná (UBM-PR), realizado nos dias 14 e 15 de julho na sede do Sismuc, reconduziu Maria Isabel Corrêa - pedagoga e suplente da presidência do Conselho Estadual da Mulher do Paraná - à coordenação geral da entidade. Maria Isabel e mais oito coordenadoras estaduais estarão à frente da UBM-PR no triênio - 2017-2020. A atividade, que reuniu militantes, filiadas e convidadas de outras entidades feministas, também contou com seminário, debate sobre gênero e transversalidades, discussão do plano de lutas e eleição das integrantes do conselho fiscal e de delegadas para 10º Congresso Nacional da UBM.

O Seminário “100 anos da Revolução Russa, a luta das mulheres e a influência para o feminismo emancipacionista no Brasil”, com palestra seguida de debate proferida por Liège Rocha, coordenadora da UBM-Nacional, abriu as atividades da sexta-feira. Maria Isabel Corrêa e Elza Campos, coordenadora geral e coordenadora de formação da UBM-PR, respectivamente, mediaram a interação com o público presente, representado por filiadas da UBM-PR e demais mulheres que atuam em movimentos como Conselho Municipal do Direito da Mulher de Curitiba (CNDM), coordenação de Mulheres do Sismuc, Sindicato das Secretárias e Secretários do Estado do Paraná (Sinsepar), Fetec-Paraná Federação dos Bancários da CUT, entre outros.

No sábado (15), as atividades tiveram inicio após a discussão e aprovação do Regimento Interno do Encontro. A mesa “Os desafios da conjuntura e a defesa dos direitos das mulheres negras, jovens e LGBT” foi composta por Maria Isabel Corrêa; Elza Campos; Silvana Barbara Gonçalves da Silva, da Rede de Mulheres Negras do Paraná; Elton Barz, professor, historiador e secretário de Formação do PCdoB do Paraná; Marina, integrante do núcleo regional da UBM em Paranaguá e Andréa Rosendo, coordenadora de comunicação da UBM-PR.

O golpe e as políticas públicas para as mulheres 

Em sua exposição, Elza Campos fez análise da atual conjuntura brasileira, especificando que a atual crise pela qual o país está passando teve início nos anos de 2007 e 2008, mas foi se agravando com o interesse do imperialismo norte americano, sobretudo ligado ao sistema financeiro. “Em 2016, a crise foi ampliada e o parlamento brasileiro, em sua ostensiva maioria descomprometidos com os interesses da nação, acolhe o golpe (pedido de impeachment) contra a presidenta Dilma Rousseff, golpe esse, machista, misógino perpetrado pelas elites dominantes do sistema financeiro”, denunciou.

Elza lembrou que durante o governo da presidenta Dilma o neoliberalismo continuou caminhando, contudo as políticas públicas para garantir os avanços sociais também estiveram presentes. “No campo das políticas para as mulheres, houve a instauração do Plano de Política para as Mulheres (PNPM); a criação e implementação da Lei Maria da Penha, assinada pelo então presidente Lula; a Lei do feminicídio (Lei Nº 13.104), sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015, entre outros foram alguns dos avanços. Entretanto é preciso ressaltar que o figura como o quinto país no mundo com o maior número de ocorrências de feminicídio, pois há uma intrínseca relação de opressão das mulheres dentro do sistema capitalista, bem como dentro do sistema patriarcal”, enfatizou.

Juventude feminista e sub-representação da mulher negra na mídia

A jovem Marina, representando o núcleo da UBM-Paranaguá falou sobre a urgência em estar organicamente atuando na periferia, por ser esse um local onde as mulheres são continuamente violentadas em seus direitos e que pode possibilitar aos jovens maior consciência de suas ações, ressaltando a contribuição importante do Hip Hop, com uma postura engajada e politizada.  Marina enfatizou que dentro do espaço educacional as mulheres sofrem em decorrência de condutas machistas que atingem as estudantes e professoras.

Na sequência, a jornalista Andréa Rosendo, integrante do Grupo de Pesquisa “Midiaculturas, Poder e Sociedade”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (PPGCP/UFPR) fez uma explanação sobre as pesquisas que desenvolve na área de comunicação, cultura e identidade. Ao discorrer sobre a sub-representação da mulher negra na TV brasileira, Andréa afirmou que, apesar de algumas mudanças, persiste na televisão brasileira a representação das mulheres negras vinculada à sexualidade e subalternidade. “A TV brasileira desconsidera o fato de que mais de 50% da população é composta por negros. As narrativas das telenovelas e de outros programas televisivos ainda deixam as representações da população negra na clandestinidade. No entanto, novas narrativas se tornam possíveis quando há posicionamentos conscientes de profissionais que atuam em empresas de comunicação e interlocução com aqueles que reclamam por representações positivas”, pontua.

Plano de lutas e eleição das novas coordenadoras

Antes da finalização do encontro, Maria Isabel Corrêa apresentou o Plano de Lutas da UBM-PR para 2017, documento com 26 propostas que objetiva orientar e organizar as ações das ubmistas vinculadas os núcleos municipais da entidade. Em seguida, junto com Elza Campos, apresentou os nomes das ubmistas indicadas para compor a coordenação estadual e o conselho fiscal da UBM-PR para o Triênio - 2017-2020. Foram eleitas pela plenária as ubmistas: Maria Isabel Correa para o cargo de coordenadora Geral; Célia Regina Piontkievicz Rodrigues da Silva para a coordenação de Organização, Miriam Zampiri dos Santos para a coordenação de Finanças, Andréa Rosendo para a coordenação de Comunicação e Elza Maria Campos para a coordenação de Formação. Para a suplência das coordenações foram eleitas: Elinete Domingues (Organização); Vera Manica (Finanças); Deborah Branco G.de Castro (Comunicação) e Mônica Silveira (Formação). Para o Conselho Fiscal da UBM-PR foram eleitas Graciela Scandurra; Matsuko M. Barbosa e Zineide do Rocio Carvalho. As suplentes eleitas são: Rosangela de Lima; Denise Veiga e Cecília Teixeira.

Elza Campos também apresentou a liberação de 15 vagas para delegadas interessadas em participar do 10º Congresso Nacional da UBM, evento a ser realizado em Salvador (BA), entre os dias 4 e 6 de agosto. Por fim, foi realizado o sorteio da rifa de objetos de arte da artista plástica Graciela Scandurra, a qual foi criada pela coordenação da UBM-PR com o objetivo de levantar recursos financeiros para custear as passagens das ubmistas para o Congresso Nacional da UBM. Os números foram sorteados aleatoriamente pelo site Sorteador.com.br. Foram escolhidas as sequências 430 (sorteado, mas não vendido); 187-primeiro prêmio (Loja Agropar/Palmeira); 544 (sorteado, mas não vendido); 86-segundo prêmio (Laura Jesus de Moura e Costa) e 47-terceiro prêmio (Deisi D. Ligeski).

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