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Prefeitura de Curitiba exclui Secretaria Municipal da Mulher

quinta-feira, janeiro 05, 2017



Organizadas, UBM-PR e  feministas farão ato público no próximo sábado (7) em protesto à extinção da secretaria e à chacina de Campinas 

No último dia 21 de dezembro, o prefeito de Curitiba,  Rafael Greca, anunciou oficialmente  a equipe de secretários e diretores dos órgãos municipais. Greca decidiu fundir algumas secretarias, reduzindo-as de vinte - da gestão anterior - para doze. A reorganização do secretariado extinguiu a Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher(SMEM). Mas, nesta quinta-feira(05), mulheres ligadas a movimentos feministas se surpreenderam com a imagem de  Luiz Fernando de Souza Jamur como secretário responsável pela pasta. No início da tarde, após repercussão do fato nas mídias sociais, a foto de Jamur foi retirada, mas a situação gerou entre as feministas o debate sobre o destino da secretaria das mulheres. 

Para a coordenadora geral da União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná(UBM-PR), Maria Isabel Corrêa,  o erro de comunicação da prefeitura serviu para demonstrar a importância de um espaço de representação feminina dentro do secretariado municipal, pois aquele era  um local onde eram pensadas as políticas destinadas às mulheres curitibanas. “A UBM e todos os movimentos feministas lutam há anos para a implantação de políticas públicas que garantam a segurança e a proteção de mulheres e meninas em todas as situações de abuso e agressões, seja em nível individual e particular ou no nível público e da vida coletiva. Nessa luta, em todas as conferências de direitos da mulher, sempre houve um pedido recorrente: a criação de secretarias da mulher no âmbito estadual e municipal”, defende Maria Isabel.

Isabel  explica, ainda, que a secretaria das mulheres foi conquistada pelas mulheres organizadas a partir de movimentos feministas e de mulheres, sociais, sindicais,  entre outros. E argumenta  que a expectativa desses grupos é serem representados por alguém ja familiarizado com as demandas. “Vivemos um momento histórico de especial agravamento da intolerância social, do machismo que mata e destrói, da misoginia, do ódio e da vingança brutal e cruel. Há também a ampliação da ideia de superioridade do homem sobre a mulher, especialmente no Paraná, no momento em que Câmaras municipais e a própria Assembleia Legislativa se fecham ao diálogo sobre gênero. Nesse sentido,  a Prefeitura de Curitiba vem referendar essa prática, ignorando a secretaria da mulher, espaço conquistado com árdua luta como forma de amenizar a cruel desigualdade das mulheres frente a uma sociedade machista.  É urgente que o poder público  concentre esforços nessa luta por igualdade; é inadmissível que sejamos tratadas de forma grotesca e ignoradas”, protesta. 

Chega de impunidade!  - A extinção da  Secretaria das Mulheres acontece em um momento de comoção nacional. Os crimes ocorridos contra Débora Soriano e Isamara Filier, assassinadas em dezembro revelam a necessidade de educar a população contra o sexismo, o machismo e a misoginia. No próximo sábado(7), às 11h da manhã, na Boca Maldita, movimentos sociais, feministas e de juventude realizam o ato público "Nem uma a Menos" para denunciar o feminicídio. A atividade, inicialmente convocada pela Marcha das Vadias e CWB contra Temer, teve a adesão de vários movimentos feministas de Curitiba.

O objetivo do ato é chamar a atenção contra a impunidade em relação à violência contra a mulher, uma vez que ainda são encontradas falhas nos mecanismos legais que amparam as vítimas, como denuncia Maria Isabel. “Medidas judiciais de proteção não são suficientes numa sociedade em que governos golpistas promovem o desmonte do Estado, principalmente no que diz respeito  a políticas públicas sociais. Temos uma lei contra o  feminicídio, que é um crime hediondo, bárbaro e de ódio contra as mulheres, não podemos deixar que assassinatos de mulheres fiquem impunes”, protesta a coordenadora da UBM-PR.

O ato vai rememorar, entre outros, os recentes assassinatos de duas mulheres ocorridos no último mês de dezembro. A primeira envolve a chacina  promovida por Sidnei Ramos de Araujo, na última noite de 2016, em Campinas,  que vitimou Isamara, seu filho de 8 anos e outras 10 pessoas. A outra vítima do machismo é Débora Soriano de Melo,  jovem de apenas 23 anos e militante da União da Juventude Socialista - São Paulo (UJS-SP) e UBM-SP, que foi estuprada e assassinada com golpes de taco de beisebol  por Willy Gorayeb Liger dias antes das comemorações natalinas.
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Movimentos Sociais fazem vigília nesta segunda(19) em protesto ao assassinato de Débora Soriano

domingo, dezembro 18, 2016

O ato acontece às 18h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba 




Nenhuma Débora a menos! Essa é a chamada para a vigília organizada pela União da Juventude Socialista(UJS), União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná, (UBM-PR), movimentos sociais e feministas que acontece nesta segunda-feira(19), às 18h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, em protesto ao assassinato de Débora Soriano(23 anos), militante da UJS e da UBM-SP, a qual entra para os lamentáveis e desumanos dados estatísticos relacionados às vítimas do machismo.


Feministas do Paraná: solidariedade e organização do ato  - Reunidas na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba(Sismuc) na última sexta-feira(16) , com o objetivo de planejar as ações e estratégias de luta para 2017, mulheres ligadas a diferentes movimentos sociais e feministas se solidarizaram  com a família da jovem assassinada. Na oportunidade, assim como demais representantes de diversas organizações e movimentos sociais de todo o Brasil, assinaram a Carta redigida pela UJS e UBM, cujo conteúdo -  adaptado com o ato de Curitiba -  é publicizado abaixo. 

Do luto a luta! 
Nenhuma Débora a menos!

Foi com imenso pesar e indignação que recebemos a notícia da morte da jovem Débora Soriano. O machismo ceifou a vida de mais uma de nós, diante de um poder público que pouco ou nada faz para combater a violência patriarcal. Débora era uma jovem mulher de 23 anos, com a vida toda pela frente, cheia de sonhos e expectativas, mas que foi brutalmente violentada e assassinada. 

Débora acreditava em uma sociedade melhor e mais justa, irradiava alegria de viver e esperança em um mundo novo, para ela e seus dois filhos pequenos.

Nos solidarizamos com a família neste momento de dor e despedida e exigimos dos órgãos responsáveis que este crime bárbaro seja esclarecido e o autor, rigorosamente punido. Não admitimos que os crimes contra as mulheres continuem sendo secundarizados e esquecidos pelas autoridades. Nós não esqueceremos!

A morte trágica de Débora reforça a necessidade de políticas públicas para as mulheres, para que não precisemos mais nos despedir de nenhuma de nós desta maneira.

Por isso, convocamos a todas as mulheres a se somarem a nós nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, às 18h na Praça Santos Andrade, para uma vigília;  tragam velas, flores, bandeiras e amor para compartilhar entre nós. É por Débora e por todas as mulheres que morrem vítimas do machismo e do feminicídio.

Assinam a Carta 

UBM - União Brasileira de Mulheres
UJS - União da Juventude Socialista

ACMUN
AGO LONA
Amesol - Associação de Mulheres da economia Solidária e Feminista
AMOAB - PR
ANPG - Associação Nacional de Pós Graduandos 
Anzol - Associação de Mulheres da Zona Leste 
APP - PR
APSMNSP
Articulação de Ongs de Mulheres Negras Brasileiras 
Asociação de Mulheres Mãe Venina do Quilombo de Curiaú - Macapá
AYABAS- PI
Bamidelê - OMN/PB
CEERT
Coalas Feministas
Coletiva FemiSistahs
Coletiva Luana Barbosa 
Coletivo Estadual de Jovens Feministas da UJS/SP 
Coletivo Estadual de Negros e Negras da UJS/SP - Leci Brandão
Coletivo LGBT Manas - PUC/ Campinas 
Coletivo Oya - Mulheres Negras de SP
Comissão de Formatura do Curso de Enfermagem Unifesp - Turma 77
CONEN - Coordenação Nacional de Entidades Negras
Corija
Criola 
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Cursinho Afro Zona Oeste 
CUT - Central Única dos Trabalhadores
Deputada Jandira Feghali
Deputada Leci Brandão - PCdoB
Deputada Manul D´avila - PCdoB 
Deputado Orlando Silva - PCdoB
Deputado Vicente Cândido - PT
Enegrecer
FACESP
Frente Estadual LGBT do PCdoB
GAAP - Grupo de Articulação Políticas Pretas
Geledés - Instituto da Mulher Negra 
Grupo Cidadania Gay
Grupo de Teatro Levante Mulher 
Grupo Diversidade Niterói 
Grupo Transdiversidade Niterói 
Ilu Obá de Min
IMENA
Instituto AMMA Psique e Negritude
Instituto Patricia Galvão 
Inune MT
IROHIN
JUNTAS 
JUNTOS
Kilombo
Kizomba 
Kizomba - PR
MAIS
Malunga 
MDM - Movimento de Moradia de São Paulo
MMM - Marcha Mundial de Mulheres 
MMM- PR
MMM- RS
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento de Mulheres UNAS Heliópolis e Região
Mulheres APNS
Mutirão 
NEPEM UFMG
Nucleo de Consciência Negra Teresa de Benguela - PUC/ Campinas 
Odara 
ParaTodas
Pretas Candangas
Projeto Geraações 
Projeto Gerações 
Reafro
Rede de Mulheres Negras - PR
Redessan
REF- Rede Economia e Feminismo
RUA - Juventude Anticapitalista 
Samba Negras em Marcha
Sececretaria de Mulheres do PT - RS
Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB
Senadora Gleise Hoffmam
Setorial de Mulheres Estadual do Psol-SP
Setorial de Mulheres Insurgência - Psol
Setorial LGBT - Psol
SISMUC - PR
SOF - SempreViva Organização Feminista 
UBM - PR
UJR 
UNA LGBT
UNE - União Nacional dos Estudantes 
Uneafro Brasil
UNEGRO - União de Negros pela Igualdade MAIS - Movimento por uma Alternativa Independente Socialista
UPE - União Paranaense dos Estudantes
Vereador Jamil Murad - PCdoB
Vereadora Juliana Cardoso - PT

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UBM e UJS realizam Ato "Ni Una Menos" em São Paulo

terça-feira, outubro 25, 2016









A União da Juventude Socialista e a União Brasileira de Mulheres, ao lado do Coletivo Ártemis, organizaram nesta segunda-feira (23), na cidade de São Paulo, o ato Ni Una Menos. A concentração aconteceu no MASP, na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt. Em um ponto próximo à Rua Augusta, as manifestantes fizeram um jogral para explicar as pessoas que passavam por ali as pautas abordadas no protesto deste domingo.

O ato aconteceu em repúdio ao assassinato de Lúcia Peres, que aconteceu na cidade de Rosário, Argentina. Lúcia foi estuprada e morta no dia 15 de outubro, pouco depois do Encontro Nacional de Mulheres argentino. Milhares de mulheres estiveram presentes no ato, pronunciaram palavras de ordem e realizaram diversas intervenções em memória da jovem Lúcia Péres. A PEC 241 também foi lembrada pelas manifestantes, que gritaram pela retirada da proposta que visa congelar gastos públicos com educação e saúde por 20 anos.

Para Renata Campos, da comunicação da UBM-SP e militante da UJS, “o ato de ontem foi para dar voz a todas que não podem mais gritar, pelo nosso direito de vida, pelo fim da feminicídio e da cultura do estupro. Mais uma vez vemos uma mana sendo brutalmente estuprada e morta, vítima do machismo e do patriarcado, e isso tem nome, é feminicídio. Não vamos nos calar, por Péres, por Cláudia, por todas nós. Machismo mata, feminismo liberta”.

Segundo dados apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. No ano passado, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres NEGRAS cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.


Fonte: www.vermelho.org.br
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