O feminismo emancipacionista da UBM-PR na luta contra o racismo - UBM - Seção Paraná

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O feminismo emancipacionista da UBM-PR na luta contra o racismo


 O Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro, foi inserido no calendário escolar como data efeméride ainda em 2003 e instituído oficialmente  em 10 de novembro de 2011, por meio da Lei 12.519.

Esta data tem como objetivo pôr em evidência as pautas dos movimentos negros, discutir as questões raciais com a população e servir como ocasião e lugar de memória, relembrando que o racismo estrutural está presente nos mais de 500 anos de história do Brasil e, portanto, arraigado na sociedade de diversas formas, em práticas mais ou menos explícita, mas igualmente opressoras.

A União Brasileira das Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR) reitera seu compromisso em combater energicamente o racismo em todas as suas esferas. Como entidade feminista emancipacionista, que acredita na interseccionalidade da luta, a UBM-PR considera que a emancipação da mulher não pode acontecer sem a luta também pela igualdade racial.

Nesse sentido, cabe lembrar que os números são alarmantes quanto se trata da população feminina negra. Acerca disto, por exemplo, o número de casos de feminícidio das mulheres negras cresceu cerca de 54% entre os anos de 2003 e 2013, enquanto que no que diz respeito as mulheres brancas este número caiu cerca de 10%. As mulheres negras são também as que mais sofrem com a violência obstétrica (aproximadamente 65,9%) e com a morte materna (aproximadamente 62,8%). No que diz respeito a violência doméstica, 54,9% das vítimas são mulheres negras.

Considerando ainda que a maior parte das famílias brasileiras é chefiada  por mulheres negras, são estas as que sentem de modo mais contundente os desmontes dos direitos sociais orquestrados pelo governo golpista de Michel Temer, que precarizam ainda mais suas condições de trabalho, retiram-lhe direitos básicos (inclusive ao próprio corpo como no caso da PEC 181) e nos distancia cada vez mais da possibilidade de diminuir as desigualdades raciais no nosso país.

Por isso a UBM-PR considera imprescindível   fortalecer a luta contra o racismo também intensificando a oposição e a resistência ao governo golpista.


Por um mundo de igualdades, contra toda forma de opressão!

Coordenação Estadual da União Brasileira de Mulheres | Colaboração: Julia Tocchetto