2016 - UBM - Seção Paraná

UBM - Seção Paraná | Por um Mundo de Igualdade Contra Toda Opressão!

Em mensagem de fim de ano, UBM-PR denuncia o golpe contra a democracia e reafirma luta contra estado de exceção

sexta-feira, dezembro 30, 2016



Nós, da União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR), desejamos um 2017 com a renovação das esperanças que nos mantem firmes na luta pela construção de um mundo melhor para todos e todas. Convivemos desde 2015 com o fantasma conspirativo do golpe e jamais esqueceremos 2016, ano em que foram perpetrados diversos golpes no nosso país.

Houve golpe na nossa jovem democracia; a maioria dos parlamentares do Congresso Nacional rasgou a Constituição Federal, destituindo uma presidenta legitimamente eleita. Foi um golpe parlamentar dado por um Congresso machista e misógino, sustentado por argumentos que pouco depois do ato consumado deixaram de ser considerados crimes. A forma covarde e rasteira pela qual foi tomado o poder de Dilma Rousseff deixa impresso na nossa história mais de meio século de retrocessos, em especial com a precarização do trabalho, que atingirá duramente as mulheres. 

A crise econômica e política desencadeadas pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer e pela rede globo atingem brutalmente as mulheres, sobretudo pelo cancelamento de políticas sociais compensatórias para famílias em vulnerabilidade social, conquistadas com grandes lutas nas últimas décadas. Teve golpe contra a saúde, a educação, a previdência social e as políticas sociais por meio do congelamento de gastos públicos por vinte anos, o qual foi concretizado após a tramitação e aprovação da PEC 55 pela Câmara e Senado Federal. Um golpe que atingirá todos os brasileiros e brasileiras.  

O grande agravante é que tudo isso serve apenas como pano de fundo encoberto por essas cortinas de fumaça para a entrega de nossos recursos naturais à sanha do capital estrangeiro. Esses mesmos recursos que deveriam alavancar a conquista de uma sociedade justa e igualitária, reparando séculos de exploração de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.

Também é sempre bom ressaltarmos que o golpe foi contra os direitos humanos,  com as exclusões de ministérios e secretarias conquistados por meio da luta dos movimentos sociais e que promoviam avanços na nossa sociedade. A Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) foi desativada em um momento em que a violência contra mulheres e meninas só faz aumentar nesse ambiente de ódio e intolerância que se multiplica exponencialmente na sociedade brasileira. Nesse sentido, é fundamental garantir uma política nacional  de concretização de direitos humanos para todos os indivíduos e, em especial, para aqueles que fazem parte das "minorias maiorizadas", pois não podemos esquecer que os grupos como LBGT's e de negras e negros são atingidos de forma mais cruel.

Este grupos, assim como as mulheres não estão representados nas instâncias de poder. Observamos isso no resultado das eleições municipais de 2016, que apontou uma representatividade feminina pífia, mostrando uma reclusão de 25% de mulheres eleitas prefeitas, que passaram de 39 no pleito de 2012 para 29 em 2016. O Estado do Paraná, por exemplo, figura como o quarto estado em sub-representação feminina na política. Apenas 7,2% de mulheres foram eleitas prefeitas e grandes cidades como Cascavel e Maringá não elegeram nenhuma vereadora. Além disso, nós, mulheres paranaenses, também não estamos representadas pelo governador do estado, o qual ataca covardemente trabalhadoras e trabalhadores, solapando direitos, deixando de cumprir acordos e reprimindo os movimentos sociais com covarde violência.

O panorama é tenebroso mas, por outro lado, vimos uma juventude se levantar e gritar por justiça e por direitos. Diante de uma medida provisória descabida, insuficiente e que não promove melhorias no ensino público e gratuito, estudantes secundaristas ficaram em luta permanente, ocupando escolas em todo o país.  

Por fim, podemos dizer que o ano de 2016 foi de muita luta para as filiadas, militantes e ativistas da UBM-PR. Participamos ativamente de todas as mobilizações contra o golpe em Brasília, no nosso estado e em Curitiba e demais cidades do Paraná e continuamos mobilizadas em atos políticos no pós-golpe. Não daremos trégua a esse governo provisório. Por isso, realizamos o nosso encontro estadual em novembro de 2016, apontando as nossas ações futuras. Também assumimos durante o evento o compromisso de reestruturar nossas bases - núcleos regionais no Estado - até maio de 2017, quando teremos um novo encontro estadual. 

Junto a todos os movimentos feministas do Paraná assumimos o compromisso de ampla luta pelo resgate dos direitos espoliados da nossa sociedade, bem como de continuar na luta pelos direitos das mulheres, num Estado que detém índices vergonhosos de feminicídios, de pedofilia e de tantas outras violências naturalizadas nesta sociedade patriarcal e machista.                        

Reafirmamos nossa luta contra um Estado de exceção que todos os dias restringe direitos conquistados, reacendendo para 2017 a chama pela luta de um mundo de igualdade, contra toda opressão!

À luta!

Maria Isabel Correa, coordenadora estadual da UBM-PR.                    

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Movimentos Sociais fazem vigília nesta segunda(19) em protesto ao assassinato de Débora Soriano

domingo, dezembro 18, 2016

O ato acontece às 18h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba 




Nenhuma Débora a menos! Essa é a chamada para a vigília organizada pela União da Juventude Socialista(UJS), União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná, (UBM-PR), movimentos sociais e feministas que acontece nesta segunda-feira(19), às 18h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, em protesto ao assassinato de Débora Soriano(23 anos), militante da UJS e da UBM-SP, a qual entra para os lamentáveis e desumanos dados estatísticos relacionados às vítimas do machismo.


Feministas do Paraná: solidariedade e organização do ato  - Reunidas na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba(Sismuc) na última sexta-feira(16) , com o objetivo de planejar as ações e estratégias de luta para 2017, mulheres ligadas a diferentes movimentos sociais e feministas se solidarizaram  com a família da jovem assassinada. Na oportunidade, assim como demais representantes de diversas organizações e movimentos sociais de todo o Brasil, assinaram a Carta redigida pela UJS e UBM, cujo conteúdo -  adaptado com o ato de Curitiba -  é publicizado abaixo. 

Do luto a luta! 
Nenhuma Débora a menos!

Foi com imenso pesar e indignação que recebemos a notícia da morte da jovem Débora Soriano. O machismo ceifou a vida de mais uma de nós, diante de um poder público que pouco ou nada faz para combater a violência patriarcal. Débora era uma jovem mulher de 23 anos, com a vida toda pela frente, cheia de sonhos e expectativas, mas que foi brutalmente violentada e assassinada. 

Débora acreditava em uma sociedade melhor e mais justa, irradiava alegria de viver e esperança em um mundo novo, para ela e seus dois filhos pequenos.

Nos solidarizamos com a família neste momento de dor e despedida e exigimos dos órgãos responsáveis que este crime bárbaro seja esclarecido e o autor, rigorosamente punido. Não admitimos que os crimes contra as mulheres continuem sendo secundarizados e esquecidos pelas autoridades. Nós não esqueceremos!

A morte trágica de Débora reforça a necessidade de políticas públicas para as mulheres, para que não precisemos mais nos despedir de nenhuma de nós desta maneira.

Por isso, convocamos a todas as mulheres a se somarem a nós nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, às 18h na Praça Santos Andrade, para uma vigília;  tragam velas, flores, bandeiras e amor para compartilhar entre nós. É por Débora e por todas as mulheres que morrem vítimas do machismo e do feminicídio.

Assinam a Carta 

UBM - União Brasileira de Mulheres
UJS - União da Juventude Socialista

ACMUN
AGO LONA
Amesol - Associação de Mulheres da economia Solidária e Feminista
AMOAB - PR
ANPG - Associação Nacional de Pós Graduandos 
Anzol - Associação de Mulheres da Zona Leste 
APP - PR
APSMNSP
Articulação de Ongs de Mulheres Negras Brasileiras 
Asociação de Mulheres Mãe Venina do Quilombo de Curiaú - Macapá
AYABAS- PI
Bamidelê - OMN/PB
CEERT
Coalas Feministas
Coletiva FemiSistahs
Coletiva Luana Barbosa 
Coletivo Estadual de Jovens Feministas da UJS/SP 
Coletivo Estadual de Negros e Negras da UJS/SP - Leci Brandão
Coletivo LGBT Manas - PUC/ Campinas 
Coletivo Oya - Mulheres Negras de SP
Comissão de Formatura do Curso de Enfermagem Unifesp - Turma 77
CONEN - Coordenação Nacional de Entidades Negras
Corija
Criola 
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Cursinho Afro Zona Oeste 
CUT - Central Única dos Trabalhadores
Deputada Jandira Feghali
Deputada Leci Brandão - PCdoB
Deputada Manul D´avila - PCdoB 
Deputado Orlando Silva - PCdoB
Deputado Vicente Cândido - PT
Enegrecer
FACESP
Frente Estadual LGBT do PCdoB
GAAP - Grupo de Articulação Políticas Pretas
Geledés - Instituto da Mulher Negra 
Grupo Cidadania Gay
Grupo de Teatro Levante Mulher 
Grupo Diversidade Niterói 
Grupo Transdiversidade Niterói 
Ilu Obá de Min
IMENA
Instituto AMMA Psique e Negritude
Instituto Patricia Galvão 
Inune MT
IROHIN
JUNTAS 
JUNTOS
Kilombo
Kizomba 
Kizomba - PR
MAIS
Malunga 
MDM - Movimento de Moradia de São Paulo
MMM - Marcha Mundial de Mulheres 
MMM- PR
MMM- RS
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento de Mulheres UNAS Heliópolis e Região
Mulheres APNS
Mutirão 
NEPEM UFMG
Nucleo de Consciência Negra Teresa de Benguela - PUC/ Campinas 
Odara 
ParaTodas
Pretas Candangas
Projeto Geraações 
Projeto Gerações 
Reafro
Rede de Mulheres Negras - PR
Redessan
REF- Rede Economia e Feminismo
RUA - Juventude Anticapitalista 
Samba Negras em Marcha
Sececretaria de Mulheres do PT - RS
Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB
Senadora Gleise Hoffmam
Setorial de Mulheres Estadual do Psol-SP
Setorial de Mulheres Insurgência - Psol
Setorial LGBT - Psol
SISMUC - PR
SOF - SempreViva Organização Feminista 
UBM - PR
UJR 
UNA LGBT
UNE - União Nacional dos Estudantes 
Uneafro Brasil
UNEGRO - União de Negros pela Igualdade MAIS - Movimento por uma Alternativa Independente Socialista
UPE - União Paranaense dos Estudantes
Vereador Jamil Murad - PCdoB
Vereadora Juliana Cardoso - PT

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Encerramento do 6º Encontro Estadual da UBM-PR empossa novas coordenadoras

domingo, dezembro 04, 2016
A pedagoga  e  suplente da presidência do Conselho Estadual da Mulher do Paraná,  Maria Isabel Corrêa,  é a nova coordenadora estadual da UBM-PR




O encerramento do 6º Encontro Estadual da União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR) ocorrido no último sábado (26), elegeu as novas coordenadoras da entidade, que ficarão no cargo até maio de 2017, quando  será realizado um novo encontro para definir a gestão 2017-2020. A atividade, que reuniu  militantes e filiadas da UBM-PR  e convidadas de outras entidades feministas,  também debateu a conjuntura política e social brasileira , o plano de lutas  e  aprovou a Carta de Curitiba, documento que visa organizar as ubmistas de todos os  núcleos municipais da entidade.

O evento, realizado no  Sindicato dos Engenheiros do Paraná(Senge-PR),  em Curitiba, foi aberto com apresentação musical. Maria Isabel Corrêa, em homenagem à memória do comandante cubano Fidel Castro, falecido também no último sábado, cantou a Cancion con Todos. Na sequência, a  vice- presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Elza Maria Campos,  deu as boas vindas às participantes e conduziu a leitura do regimento interno do 6º Encontro Estadual da UBM-PR.  

Mais mulheres na política -   A professora doutora e coordenadora nacional da UBM, Lucia Rincon, proferiu palestra  analisando a conjuntura política e social brasileira, bem como destacou os principais desafios para os movimentos feministas e sociais no atual cenário. Lucia também ressaltou a subrepresentatividade da mulher brasileira no Congresso Nacional. A campanha  "Mulher na Política", proposta pela Procuradora Especial da Mulher no Senado Federal, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), lançada em março deste ano e  destinada  a incentivar a participação feminina na política foi mencionada pela professora, que criticou a ausência de mulheres parlamentares. “A representação no Senado é menos de 15%. Então, a nossa luta, além de ser a mais longa das lutas porque é  por um convencimento político e ideológico, também passa por conquistas que permitam as mulheres o engajamento na luta concreta”, frisou.

No período da tarde as participantes acompanharam o debate “Movimentos Feministas e as suas diversidades”  que contou com a participação de Heliana Hemetério, secretária de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e integrante da Rede de Mulheres Negras do Paraná e Débora Castro, representante da UBM-PR e União da Juventude Socialista do Paraná ( UJS). A  discussão do Plano de Lutas, com indicações de pautas que serão debatidas pela entidade na reunião do planejamento de 2017,o qual deve ocorrer no início de janeiro, aconteceu no final  do evento. Na sequência, a plenária também aprovou a Carta do Paraná, documento com o posicionamento político da UBM-PR sobre a conjuntura estadual.  

Novas Coordenadoras da UBM-PR  – A atividade também  definiu as novas coordenadoras da UBM-PR, que ficam no cargo até maio de 2017, quando será realizado um novo encontro para eleger a coordenadoria para a gestão 2017-2020 e debater, reformular e aprovar as mudanças no estatuto da entidade  para adequá- lo às necessidades atuais. A coordenadora geral eleita para presidir a UBM-PR é a pedagoga Maria Isabel Corrêa, do município de Palmeira(PR),  em substituição à Sueli Coutinho, que foi eleita em 2014, mas renunciou ao cargo no início deste ano por motivos pessoais. Maria Isabel  representa a UBM-PR na suplência  da presidência do  Conselho Estadual dos Direitos da Mulher - CEDM  e no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná( Consea-PR), na regional de Ponta Grossa.  Veja abaixo a relação das demais coordenadoras eleitas e empossadas.

Coordenadoria Estadual 
Maria Isabel Corrêa   - Coordenadoria Geral
Miriam Zampiri dos Santos   - Coordenadoria de Finanças
Suplente: Rosângela de Lima
Debora Castro - Coordenadoria de Organização 
Suplente: Zineide Carvalho
Elza Maria Campos - Coordenadoria de Formação 
Suplente: Monica Andressa Silveira
Andréa Rosendo - Coordenadoria de Comunicação
Suplente: Mylena Martins

Conselho Fiscal
Franciele Pacheco
Maria Lima 
Celia Regina Pionckieviez

Suplentes do Conselho Fiscal
Graciela Scandurra
Matsuko Mori Barbosa


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6º Encontro da UBM-PR debaterá conjuntura política e atuação feminista no Estado

segunda-feira, novembro 14, 2016


O 6º Encontro Estadual da União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR) será realizado, no dia 26 de novembro, a partir das 9h, no Sindicato dos Engenheiros do Paraná - Senge-PR,  em Curitiba. O evento vai reunir militantes e filiadas de todo o Paraná com o objetivo de analisar a conjuntura política e social brasileira, bem como debater os desafios enfrentados pelos movimentos sociais e feministas na atualidade. A atividade, que contará com a presença da professora doutora e coordenadora nacional da UBM, Lucia Rincon, também pretende construir a Carta de Curitiba, documento que visa organizar as ubmistas dos núcleos municipais e definir ações para o enfrentamento dos retrocessos e tentativas de retiradas de direitos que vem sendo imposto aos trabalhadores pelo governo não eleito de Michel Temer.

Ao apresentar a análise da conjuntura política e social, Lucia Rincon pretende demonstrar o que realmente está por trás do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. A disfarçada democracia, o avanço e implementação de políticas neoliberais, as medidas contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros  e a criminalização de todos os movimentos sociais são algumas das características do atual governo golpista, que -  com a maioria dos parlamentares na Câmara dos Deputados e Senado Federal - não tem  poupado  esforços para destruir tudo o que foi construído nos governos de Lula e Dilma. 

Coordenadoria  Estadual e Carta de Curitiba  - O Encontro também visa reorganizar a atual gestão da UBM-PR, já que Sueli Coutinho, eleita em 2014 para coordenadoria geral,  renunciou ao cargo no início deste ano por motivos pessoais. Na ocasião também será debatido o remanejamento das demais coordenadorias estaduais e a organização das militantes, filiadas e coordenadoras dos núcleos da UBM. A Carta de Curitiba, documento final do Encontro, que será construída e votada pelas mulheres presentes no evento,  elencará as prioridades, estratégias,  ações e planos de luta, tanto  para o fortalecimento da entidade como para  a luta feminista estadual e nacional. 

A  inscrição será realizada no local do evento e tem um custo de R$ 20,00 por pessoa. Esse  valor simbólico será utilizado para garantir a  alimentação e coffee break das participantes. A atividade, que também é aberta ao público, vai reunir mulheres dos núcleos ligados aos municípios de Curitiba, Cascavel, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Maringá, Palmeira, Pato Branco, Pinhais, Ponta Grossa, Toledo, dentre outros. 

Serviço

::6º Encontro da UBM-PR debaterá conjuntura política e atuação feminista no Estado
Quando?: 26 de novembro de 2016, das 9 às 18hs. 
Onde?: Senge- PR (Marechal Deodoro, nº 630 Conj. 2201 | Shopping Itália Centro | Curitiba).
Valor da Inscrição: R$ 20,00.
Mais Informações: ubmsecaoparana@gmail.com
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UBM emite nota de Solidariedade ao MST

sábado, novembro 05, 2016



(Foto: Paulo Porto Borges)

A União Brasileira de Mulheres se solidariza com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra diante da absurda invasão policial que sua Escola Nacional Florestan Fernandes sofreu na manhã de ontem, 4/11/16. Desprovidos de mandado policial, agentes do Estado que deveriam proteger a lei, agiram ao arrepio dela em uma ação clara de criminalização dos movimentos sociais.

Infelizmente, este não é um episódio isolado, ao contrário, vem na esteira do recrudescimento conservador que visa a exterminar os direitos populares e trabalhistas e calar a voz de todos aqueles que se opõem, fazendo letra morta da Constituição de 1988 para beneficiar o capital.

Somos solidárias aos companheiros e companheiras do MST e exigimos o retorno à normalidade democrática. Se pensam que nos intimidarão estão muito enganados: só aumentam nossa gana de defender o Brasil daqueles que se apoderaram ilegitimamente do governo e querem nos impor sua agenda antipopular e reacionária. Estaremos nas ruas, ao lado dos companheiros do MST e demais movimentos sociais combatendo este e quaisquer outo arbítrios, defendendo a soberania de nossa pátria e os direitos de nosso povo. 

"Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes"

Lutar é mais que um direito, é um dever!

Brasil, 4 de novembro de 2016




União Brasileira de Mulheres
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Rachel Genofre: oito anos de impunidade de um bárbaro crime

sexta-feira, novembro 04, 2016
Neste 5 de novembro, sábado, completam-se oito anos do encontro do corpo da menina Rachel Genofre num desvão da Rodoferroviária de Curitiba, vítima de estrangulamento e violência sexual.  Para marcar a data, familiares, amigos, amigas e movimentos sociais realizam nessa data um Ato Público na Rodoferroviária, a partir das 11h30, mantendo firme a exigência perante o Estado de resolução do crime.

Rachel Lobo Genofre, com nove anos de idade em 2008, desapareceu em 03/11 depois de deixar a escola onde estudava, no centro de Curitiba.  Seu corpo foi achado numa mala na estação dois dias depois, com brutais sinais de violência.  O inquérito policial está em aberto até hoje, tendo dezenas de suspeitos já passado por testes de DNA, todos não compatíveis com os vestígios achados no corpo de Rachel.

Diante dos insucessos da polícia, o Estado chegou a oferecer indenização à família da menina, que a recusou, por entender que, além de não amenizar a dor de familiares, mantem o crime irresolvido e também em nada ajuda para evitar que crimes similares se repitam, Registre-se, aliás, que o mais recente estudo de violência contra mulheres e meninas aponta a ocorrência de um estupro a cada onze minutos no Brasil, uma cifra tenebrosa.

Ao lado de mulheres e meninas do Paraná, a família de Rachelzinha exige mais agilidade e competência do Estado para a resolução e punição dos numerosos casos de violência e de feminicídio, além de políticas públicas que baixem os altos índices desses crimes.

Assim, como acontece todos os anos desde 2008, ocorrerá um Ato na Rodoferroviária no sábado, para lembrar Rachel e tantas outras jovens cujas vidas foram barbaramente ceifadas, como o caso da menina Tayná, de 14 anos, achada morta em Colombo. Movimentos que organizam esta manifestação solicitam ao poder público que - para homenagear a memória de Rachel e com isto também manter permanente na população a preocupação com tão grave problema - seja a maior estação da capital nomeada "Rodoferroviária de Curitiba Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre".

Cada paranaense que se entristece e se indigna com essa horrível ferida aberta de nossa sociedade está chamada e chamado à luta contra a impunidade, e pela defesa de políticas públicas de proteção às mulheres e meninas brasileiras.




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Nota de Repúdio à libertação e empossamento de Osmar Bertoldi

quinta-feira, novembro 03, 2016

Osmar Bertoldi (DEM) assumiu na tarde desta terça-feira (1) o mandato de deputado federal em Brasília. A posse foi dada pelo 1º vice-presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP).

Bertoldi, que era o primeiro suplente da coligação, assumiu a vaga do deputado federal Nelson Padovani (PSC). 

O membro do DEM ficou preso por nove meses no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, acusado de agredir a ex-noiva, Tatiane Bittencourt. Na semana passada, porém, ele deixou a cela após ser absolvido pela Justiça das acusações de estupro, coação, sequestro e cárcere privado.


Nós repudiamos esse descaso com a política de enfrentamento a violência contra mulher. Osmar Bertoldi com tantas acusações não deveria sequer estar em liberdade quanto mais ser empossado a Deputado Federal! 


DESRESPEITO À LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA SOBRE AS  MULHERES

De acordo com o Mapa da Violência disponibilizada pela ONU Mulheres, a cada 10 Brasileiros 6 conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. A cada 5 mulheres 1 já sofreu algum tipo de violência. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. O Brasil é o 5' País no mundo de mulheres assassinadas em razão de gênero. Segundo o Ipea, 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil, 10% chegam ao conhecimento da polícia e 89% são mulheres. 

Precisamos acabar com essa cultura que assedia e mata mulheres todos os dias. Mas acima de tudo precisamos que os agressores de mulheres sejam punidos, cumpram com a sua pena e JAMAIS sejam empossados a deputados, vereadores, prefeitos e governadores! 

MACHISTAS NÃO PASSARÃO! 


Assinam esta nota:

UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES - PR
ONG TODAS MARIAS
MARCHA MUNDIAL DE MULHERES- PR
NÚCLEO RETOMADA
UJS 
UPES
UPE
FÓRUM POPULAR DE MULHERES
COLETIVO DE MULHERES BANCÁRIAS
COLETIVO FEMINISTA DA APP
UBES
UNA LGBT PR
REDE DE MULHERES NEGRAS DO PARANA
REDE FEMINISTA DE SAÚDE - DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS REGIONAL PARANÁ
UBM - NUCLEO DE CASCAVEL



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UBM e UJS realizam Ato "Ni Una Menos" em São Paulo

terça-feira, outubro 25, 2016









A União da Juventude Socialista e a União Brasileira de Mulheres, ao lado do Coletivo Ártemis, organizaram nesta segunda-feira (23), na cidade de São Paulo, o ato Ni Una Menos. A concentração aconteceu no MASP, na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt. Em um ponto próximo à Rua Augusta, as manifestantes fizeram um jogral para explicar as pessoas que passavam por ali as pautas abordadas no protesto deste domingo.

O ato aconteceu em repúdio ao assassinato de Lúcia Peres, que aconteceu na cidade de Rosário, Argentina. Lúcia foi estuprada e morta no dia 15 de outubro, pouco depois do Encontro Nacional de Mulheres argentino. Milhares de mulheres estiveram presentes no ato, pronunciaram palavras de ordem e realizaram diversas intervenções em memória da jovem Lúcia Péres. A PEC 241 também foi lembrada pelas manifestantes, que gritaram pela retirada da proposta que visa congelar gastos públicos com educação e saúde por 20 anos.

Para Renata Campos, da comunicação da UBM-SP e militante da UJS, “o ato de ontem foi para dar voz a todas que não podem mais gritar, pelo nosso direito de vida, pelo fim da feminicídio e da cultura do estupro. Mais uma vez vemos uma mana sendo brutalmente estuprada e morta, vítima do machismo e do patriarcado, e isso tem nome, é feminicídio. Não vamos nos calar, por Péres, por Cláudia, por todas nós. Machismo mata, feminismo liberta”.

Segundo dados apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. No ano passado, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres NEGRAS cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.


Fonte: www.vermelho.org.br
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UBM condena ação violenta do MBL contra estudantes de ocupação do CEP

domingo, outubro 23, 2016


A União Brasileira de Mulheres (UBM) - entidade feminista de defesa dos direitos das mulheres - manifesta seu intenso repúdio à ação violenta e covarde do protofascista Movimento Brasil Livre (MBL) de Curitiba contra estudantes que legitimamente ocupam o Colégio Estadual do Paraná (CEP). Na legítima e democrática ocupação do CEP, os estudantes resistem denodadamente contra as medidas antipopulares, antinacionais e antidemocráticas do presidente golpista Michel Temer e seu aliado no Paraná o governador Beto Richa, destacadamente lutando contra a MP 746 (“Reforma” do ensino médio) e a PEC 241.


Em 19 de outubro, secundaristas que ocupam o maior colégio do Paraná relatam que viveram momentos de assédio e terror, quando cinco homens, apresentando-se como integrantes do MBL, liderados por Eder Borges (candidato derrotado a vereador pelo partido de Bolsonaro), tentaram adentrar o Colégio. Os representantes do MBL abusivamente interrogavam os estudantes com perguntas descabidas, filmavam e ameaçavam, chegando ao ponto do assédio sexual físico contra uma aluna. [Ver abaixo vídeo de alunos da ocupação do CEP narrando o infeliz caso]

Tais atitudes violentas contra estudantes constituem prática fascista, machista e covarde, merecedoras de reprovação da sociedade brasileira.

O repulsivo episódio tem da parte da União Brasileira de Mulheres veemente condenação, pois violam não só a Constituição Federal como também o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Diante da gravidade do caso, vergonha para Curitiba e para nosso Estado, demandamos rigor na apuração dos fatos e punição dos agressores do MBL.

Saudamos todas as ocupações dos estudantes que lutam bravamente por seus legítimos interesses e entendemos que estão construindo, pela própria experiência, sua formação de cidadãos críticos, um exemplo para outros segmentos sociais que também prezam a democracia e a Educação Pública Gratuita de qualidade.

Viva a luta da juventude! Abaixo a MP 746 e a PEC 241

Viva a luta do povo brasileiro!

Fora fascistas! Fora Temer Golpista!

Curitiba, 21 de outubro de 2016.

Assina: UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES – Paraná





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