UBM - Seção Paraná: Greve Internacional das Mulheres

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Neste 8 de março, UBM-Paraná vai às ruas contra as reformas da previdência e trabalhista

domingo, março 05, 2017
Ato público na Praça Santos Andrade, em Curitiba, também denunciará violências decorrentes do patriarcado e exigirá ampliação e manutenção de políticas públicas para as mulheres 

A União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR) e representantes de cerca de 50 entidades mulheres e feministas participaram de todas as reuniões organizativas das atividades a serem realizadas no dia 8 de março - Dia Internacional das Mulheres em Curitiba. Na quarta-feira (8), a concentração no ato público “Nem Uma Mulher a Menos | Nenhum Direito a Menos”, terá início às 17h, na Praça Santos Andrade - em frente ao prédio histórico da UFPR. A UBM-PR estará presente reforçando os protestos contra as reformas da previdência e trabalhista.

Para a coordenadora da UBM-Paraná, Maria Isabel Corrêa, o 8 de março de 2017 será marcado pela luta das mulheres de todo o Brasil contra a Reforma da Previdência. “É inadmissível que esse presidente ilegítimo lance mais um golpe contra nós mulheres. Seremos golpeadas duas vezes, pois a idade mínima para aposentadoria será de 65 anos - igualando com a dos homens - e teremos de trabalhar por absurdos 49 anos para que nossa contribuição por tempo de serviço e nossos direitos sejam respeitados integralmente. No entanto, temos salários que diferenciam em 32% a menos quando ocupamos o mesmo cargo que um homem, convivemos com a jornada dupla e somos chefes de famílias em mais de 40 milhões de lares brasileiros segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) /IBGE de 2016. Não aceitaremos esse golpe. Estaremos nas ruas contra todas as políticas que oprimem as mulheres ”, protesta Isabel.

A luta das mulheres na capital do Paraná também será registrada por insistentes denúncias contra o patriarcado e das violências dele decorrentes, como o feminicídio, que é causa da morte de mulheres que são mortas (assassinadas) só por serem mulheres. A cada 12 minutos uma mulher é estuprada no Brasil e a cada 90 minutos uma mulher é morta no Brasil. Esses números nos mostram que nossa luta é para por fim aos crimes provocados pelo sistema patriarcal, o qual tem nos seus pilares o machismo e a misoginia. Não aceitamos a morte de nenhuma de nós. Não aceitamos nenhum direito a menos. Exigimos políticas de proteção para as mulheres e punição rigorosa para agressores e criminosos”, defende a coordenadora da UBM-PR, que fechará a atividade em Curitiba com sua voz e violão(veja na programação). 

8M Curitiba e Região Metropolitana - A articulação em torno do Dia Internacional das Mulheres em Curitiba e Região Metropolitana envolve as seguintes entidades representativas: movimento de mulheres (União Brasileira de Mulheres - UBM, Marcha Mundial das Mulheres, Secretaria de Mulheres da CUT, Fórum de Mulheres de São José dos Pinhais, Fórum de Mulheres do Paraná, Marcha das Vadias de Curitiba, Mães pela diversidade, Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista, Federação das Mulheres do Paraná, Mulheres de frases, Mulheres pelas Mulheres, Rede Mulheres Negras do Paraná, Rede Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos-PR, Política por.de.para Mulheres); movimento sindical (Sismuc, Central Única dos Trabalhadores do Paraná - CUT/PR APP-Sindicato, Sinsep, Sinsepar, Sinditest/PR; Sindpetro-PR/SC, SindSaúde-PR, Fetec-PR, Ação da Mulher Trabalhista-PR); movimento estudantil (Assembleia Nacional de Estudantes; União da Juventude Socialista - UJS Curitiba, União Paranaense dos Estudantes, União Paranaense dos Estudantes Secundaristas); coletivos de mulheres e independentes (Coletivos de Mulheres do Sismuc, PartidA-Curitiba, Coletivo de Jornalistas Feministas Nísia Floresta, Coletiva Tuíra, Coletivo Alicerce, Coletivo Alzira, Coletivo Anália, Coletivo Daisy, Coletivo FURIA , Coletivo Gulabi Antifa, Coletivo Maria Falce de Macedo, Coletivo Reinventando Gêneros, Coletivo Zumbi e Dandara, Coletivo RUA - Juventude Anticapitalista, Nova Organização Socialista e CWB Resiste), além da Pastoral da Diversidade, Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana (PLP’s) e representantes de alguns partidos políticos e de gabinetes de vereadores, entre outros. 
Confira a programação:


8M Greve Internacional das Mulheres - A UBM-PR segue o posicionamento da UBM-Nacional, que traz este ano o mote "8M - Mulheres Param Pela Aposentadoria". Entretanto, também apoia a Greve Internacional de Mulheres (GIM), conhecida ainda como The International Women’s Strike (IWS) ou Paro Internacional de Mujeres (PIM), iniciativa que resultou de ações específicas de movimentos protagonizados por mulheres em países como Argentina, Polônia e mais recentemente nos Estados Unidos, quando intelectuais como Angela Davis e Nancy Fraser, após marcharem contra a posse do presidente norte-americano Donald Trump, realizada em 21 de janeiro, reforçaram a convocação das mulheres para uma greve geral no dia 8 de março. 

A greve internacional - uma articulação global de mulheres que mergulharam em um processo organizativo e político - é contra o patriarcado, a violência masculina, a informalização no mercado de trabalho, a desigualdade salarial, a homofobia, transfobia e xenofobia e em defesa dos direitos reprodutivos. “O slogan da greve internacional é claro: “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós”. As mulheres são a maioria do mundo e o sistema capitalista depende da nossa força de trabalho. No entanto, por mais que tenhamos avançado nos últimos anos, quando comparamos a relação entre homens e mulheres no mercado de trabalho, as desigualdades ainda permanecem. Por isso nosso posicionamento contra as reformas da previdência e trabalhista impostas pelo governo Temer”, reflete a coordenadora da UBM-PR.

Orientações da Greve Internacional de Mulheres - Brasil * - As ações, atividades e notícias relacionadas à greve podem ser acompanhadas pelos site www.8mbrasil.com (em português) e também no www.parodemujeres.com (em espanhol/inglês). Veja abaixo as orientações para a data:

- Vista uma peça de roupa ou adereço da cor lilás com símbolo de participação no movimento. Ou coloque uma bandeira da mesma cor na sua janela ou no carro;
- Pare por um dia as tarefas domésticas como: cozinhar, limpar, cuidar;
- Interrompa as atividades laborais remuneradas por toda uma jornada;
- Caso não consiga, pare no seu trabalho durante a Hora M, que será definida localmente. Algumas cidades brasileiras adotarão o intervalo de 12h30 a 13h30;
- Reúna-se com suas colegas de trabalho para conversar sobre as desigualdades que afetam a todas as mulheres;
- Saia às ruas para protestar no fim do dia junto a outras mulheres no horário definido localmente.

*Texto extraído  do evento no Facebook organizado pelo www.facebook.com/GrevedeMulheres
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