UBM - Seção Paraná

UBM - Seção Paraná | Por um Mundo de Igualdade Contra Toda Opressão!

6º Encontro da UBM-PR debaterá conjuntura política e atuação feminista no Estado

segunda-feira, novembro 14, 2016


O 6º Encontro Estadual da União Brasileira de Mulheres - Seção Paraná (UBM-PR) será realizado, no dia 26 de novembro, a partir das 9h, no Sindicato dos Engenheiros do Paraná - Senge-PR,  em Curitiba. O evento vai reunir militantes e filiadas de todo o Paraná com o objetivo de analisar a conjuntura política e social brasileira, bem como debater os desafios enfrentados pelos movimentos sociais e feministas na atualidade. A atividade, que contará com a presença da professora doutora e coordenadora nacional da UBM, Lucia Rincon, também pretende construir a Carta de Curitiba, documento que visa organizar as ubmistas dos núcleos municipais e definir ações para o enfrentamento dos retrocessos e tentativas de retiradas de direitos que vem sendo imposto aos trabalhadores pelo governo não eleito de Michel Temer.

Ao apresentar a análise da conjuntura política e social, Lucia Rincon pretende demonstrar o que realmente está por trás do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. A disfarçada democracia, o avanço e implementação de políticas neoliberais, as medidas contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros  e a criminalização de todos os movimentos sociais são algumas das características do atual governo golpista, que -  com a maioria dos parlamentares na Câmara dos Deputados e Senado Federal - não tem  poupado  esforços para destruir tudo o que foi construído nos governos de Lula e Dilma. 

Coordenadoria  Estadual e Carta de Curitiba  - O Encontro também visa reorganizar a atual gestão da UBM-PR, já que Sueli Coutinho, eleita em 2014 para coordenadoria geral,  renunciou ao cargo no início deste ano por motivos pessoais. Na ocasião também será debatido o remanejamento das demais coordenadorias estaduais e a organização das militantes, filiadas e coordenadoras dos núcleos da UBM. A Carta de Curitiba, documento final do Encontro, que será construída e votada pelas mulheres presentes no evento,  elencará as prioridades, estratégias,  ações e planos de luta, tanto  para o fortalecimento da entidade como para  a luta feminista estadual e nacional. 

A  inscrição será realizada no local do evento e tem um custo de R$ 20,00 por pessoa. Esse  valor simbólico será utilizado para garantir a  alimentação e coffee break das participantes. A atividade, que também é aberta ao público, vai reunir mulheres dos núcleos ligados aos municípios de Curitiba, Cascavel, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Maringá, Palmeira, Pato Branco, Pinhais, Ponta Grossa, Toledo, dentre outros. 

Serviço

::6º Encontro da UBM-PR debaterá conjuntura política e atuação feminista no Estado
Quando?: 26 de novembro de 2016, das 9 às 18hs. 
Onde?: Senge- PR (Marechal Deodoro, nº 630 Conj. 2201 | Shopping Itália Centro | Curitiba).
Valor da Inscrição: R$ 20,00.
Mais Informações: ubmsecaoparana@gmail.com
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UBM emite nota de Solidariedade ao MST

sábado, novembro 05, 2016



(Foto: Paulo Porto Borges)

A União Brasileira de Mulheres se solidariza com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra diante da absurda invasão policial que sua Escola Nacional Florestan Fernandes sofreu na manhã de ontem, 4/11/16. Desprovidos de mandado policial, agentes do Estado que deveriam proteger a lei, agiram ao arrepio dela em uma ação clara de criminalização dos movimentos sociais.

Infelizmente, este não é um episódio isolado, ao contrário, vem na esteira do recrudescimento conservador que visa a exterminar os direitos populares e trabalhistas e calar a voz de todos aqueles que se opõem, fazendo letra morta da Constituição de 1988 para beneficiar o capital.

Somos solidárias aos companheiros e companheiras do MST e exigimos o retorno à normalidade democrática. Se pensam que nos intimidarão estão muito enganados: só aumentam nossa gana de defender o Brasil daqueles que se apoderaram ilegitimamente do governo e querem nos impor sua agenda antipopular e reacionária. Estaremos nas ruas, ao lado dos companheiros do MST e demais movimentos sociais combatendo este e quaisquer outo arbítrios, defendendo a soberania de nossa pátria e os direitos de nosso povo. 

"Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes"

Lutar é mais que um direito, é um dever!

Brasil, 4 de novembro de 2016




União Brasileira de Mulheres
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Rachel Genofre: oito anos de impunidade de um bárbaro crime

sexta-feira, novembro 04, 2016
Neste 5 de novembro, sábado, completam-se oito anos do encontro do corpo da menina Rachel Genofre num desvão da Rodoferroviária de Curitiba, vítima de estrangulamento e violência sexual.  Para marcar a data, familiares, amigos, amigas e movimentos sociais realizam nessa data um Ato Público na Rodoferroviária, a partir das 11h30, mantendo firme a exigência perante o Estado de resolução do crime.

Rachel Lobo Genofre, com nove anos de idade em 2008, desapareceu em 03/11 depois de deixar a escola onde estudava, no centro de Curitiba.  Seu corpo foi achado numa mala na estação dois dias depois, com brutais sinais de violência.  O inquérito policial está em aberto até hoje, tendo dezenas de suspeitos já passado por testes de DNA, todos não compatíveis com os vestígios achados no corpo de Rachel.

Diante dos insucessos da polícia, o Estado chegou a oferecer indenização à família da menina, que a recusou, por entender que, além de não amenizar a dor de familiares, mantem o crime irresolvido e também em nada ajuda para evitar que crimes similares se repitam, Registre-se, aliás, que o mais recente estudo de violência contra mulheres e meninas aponta a ocorrência de um estupro a cada onze minutos no Brasil, uma cifra tenebrosa.

Ao lado de mulheres e meninas do Paraná, a família de Rachelzinha exige mais agilidade e competência do Estado para a resolução e punição dos numerosos casos de violência e de feminicídio, além de políticas públicas que baixem os altos índices desses crimes.

Assim, como acontece todos os anos desde 2008, ocorrerá um Ato na Rodoferroviária no sábado, para lembrar Rachel e tantas outras jovens cujas vidas foram barbaramente ceifadas, como o caso da menina Tayná, de 14 anos, achada morta em Colombo. Movimentos que organizam esta manifestação solicitam ao poder público que - para homenagear a memória de Rachel e com isto também manter permanente na população a preocupação com tão grave problema - seja a maior estação da capital nomeada "Rodoferroviária de Curitiba Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre".

Cada paranaense que se entristece e se indigna com essa horrível ferida aberta de nossa sociedade está chamada e chamado à luta contra a impunidade, e pela defesa de políticas públicas de proteção às mulheres e meninas brasileiras.




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Nota de Repúdio à libertação e empossamento de Osmar Bertoldi

quinta-feira, novembro 03, 2016

Osmar Bertoldi (DEM) assumiu na tarde desta terça-feira (1) o mandato de deputado federal em Brasília. A posse foi dada pelo 1º vice-presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP).

Bertoldi, que era o primeiro suplente da coligação, assumiu a vaga do deputado federal Nelson Padovani (PSC). 

O membro do DEM ficou preso por nove meses no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, acusado de agredir a ex-noiva, Tatiane Bittencourt. Na semana passada, porém, ele deixou a cela após ser absolvido pela Justiça das acusações de estupro, coação, sequestro e cárcere privado.


Nós repudiamos esse descaso com a política de enfrentamento a violência contra mulher. Osmar Bertoldi com tantas acusações não deveria sequer estar em liberdade quanto mais ser empossado a Deputado Federal! 


DESRESPEITO À LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA SOBRE AS  MULHERES

De acordo com o Mapa da Violência disponibilizada pela ONU Mulheres, a cada 10 Brasileiros 6 conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. A cada 5 mulheres 1 já sofreu algum tipo de violência. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. O Brasil é o 5' País no mundo de mulheres assassinadas em razão de gênero. Segundo o Ipea, 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil, 10% chegam ao conhecimento da polícia e 89% são mulheres. 

Precisamos acabar com essa cultura que assedia e mata mulheres todos os dias. Mas acima de tudo precisamos que os agressores de mulheres sejam punidos, cumpram com a sua pena e JAMAIS sejam empossados a deputados, vereadores, prefeitos e governadores! 

MACHISTAS NÃO PASSARÃO! 


Assinam esta nota:

UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES - PR
ONG TODAS MARIAS
MARCHA MUNDIAL DE MULHERES- PR
NÚCLEO RETOMADA
UJS 
UPES
UPE
FÓRUM POPULAR DE MULHERES
COLETIVO DE MULHERES BANCÁRIAS
COLETIVO FEMINISTA DA APP
UBES
UNA LGBT PR
REDE DE MULHERES NEGRAS DO PARANA
REDE FEMINISTA DE SAÚDE - DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS REGIONAL PARANÁ
UBM - NUCLEO DE CASCAVEL



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UBM e UJS realizam Ato "Ni Una Menos" em São Paulo

terça-feira, outubro 25, 2016









A União da Juventude Socialista e a União Brasileira de Mulheres, ao lado do Coletivo Ártemis, organizaram nesta segunda-feira (23), na cidade de São Paulo, o ato Ni Una Menos. A concentração aconteceu no MASP, na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt. Em um ponto próximo à Rua Augusta, as manifestantes fizeram um jogral para explicar as pessoas que passavam por ali as pautas abordadas no protesto deste domingo.

O ato aconteceu em repúdio ao assassinato de Lúcia Peres, que aconteceu na cidade de Rosário, Argentina. Lúcia foi estuprada e morta no dia 15 de outubro, pouco depois do Encontro Nacional de Mulheres argentino. Milhares de mulheres estiveram presentes no ato, pronunciaram palavras de ordem e realizaram diversas intervenções em memória da jovem Lúcia Péres. A PEC 241 também foi lembrada pelas manifestantes, que gritaram pela retirada da proposta que visa congelar gastos públicos com educação e saúde por 20 anos.

Para Renata Campos, da comunicação da UBM-SP e militante da UJS, “o ato de ontem foi para dar voz a todas que não podem mais gritar, pelo nosso direito de vida, pelo fim da feminicídio e da cultura do estupro. Mais uma vez vemos uma mana sendo brutalmente estuprada e morta, vítima do machismo e do patriarcado, e isso tem nome, é feminicídio. Não vamos nos calar, por Péres, por Cláudia, por todas nós. Machismo mata, feminismo liberta”.

Segundo dados apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. No ano passado, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres NEGRAS cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.


Fonte: www.vermelho.org.br
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UBM condena ação violenta do MBL contra estudantes de ocupação do CEP

domingo, outubro 23, 2016


A União Brasileira de Mulheres (UBM) - entidade feminista de defesa dos direitos das mulheres - manifesta seu intenso repúdio à ação violenta e covarde do protofascista Movimento Brasil Livre (MBL) de Curitiba contra estudantes que legitimamente ocupam o Colégio Estadual do Paraná (CEP). Na legítima e democrática ocupação do CEP, os estudantes resistem denodadamente contra as medidas antipopulares, antinacionais e antidemocráticas do presidente golpista Michel Temer e seu aliado no Paraná o governador Beto Richa, destacadamente lutando contra a MP 746 (“Reforma” do ensino médio) e a PEC 241.


Em 19 de outubro, secundaristas que ocupam o maior colégio do Paraná relatam que viveram momentos de assédio e terror, quando cinco homens, apresentando-se como integrantes do MBL, liderados por Eder Borges (candidato derrotado a vereador pelo partido de Bolsonaro), tentaram adentrar o Colégio. Os representantes do MBL abusivamente interrogavam os estudantes com perguntas descabidas, filmavam e ameaçavam, chegando ao ponto do assédio sexual físico contra uma aluna. [Ver abaixo vídeo de alunos da ocupação do CEP narrando o infeliz caso]

Tais atitudes violentas contra estudantes constituem prática fascista, machista e covarde, merecedoras de reprovação da sociedade brasileira.

O repulsivo episódio tem da parte da União Brasileira de Mulheres veemente condenação, pois violam não só a Constituição Federal como também o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Diante da gravidade do caso, vergonha para Curitiba e para nosso Estado, demandamos rigor na apuração dos fatos e punição dos agressores do MBL.

Saudamos todas as ocupações dos estudantes que lutam bravamente por seus legítimos interesses e entendemos que estão construindo, pela própria experiência, sua formação de cidadãos críticos, um exemplo para outros segmentos sociais que também prezam a democracia e a Educação Pública Gratuita de qualidade.

Viva a luta da juventude! Abaixo a MP 746 e a PEC 241

Viva a luta do povo brasileiro!

Fora fascistas! Fora Temer Golpista!

Curitiba, 21 de outubro de 2016.

Assina: UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES – Paraná





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Moção de Repúdio ao colunista Luiz Felipe Pondé

terça-feira, outubro 06, 2015
Nesta segunda-feira (05/ 10) o colunista do jornal Folha de São Paulo, Luiz Felipe Pondé, esteve em Curitiba, para lançar um livro, no Clube Concordia. O movimento feminista e de mulheres repudia a vinda deste jornalista em nossa cidade, tendo em vista que por diversas vezes tem demonstrado seu preconceito e machismo contra as mulheres. As relíquias de Pondé vão desde a indicação de manual para que jovem liberal se “de bem com a mulherada”, utilizando um título:  “Por uma direita festiva” partindo do pressuposto de que os estudantes esquerdistas são sempre bem sucedidos quando se metem em dialéticas com o sexo oposto.

Outra manifestação de profundo mau gosto se deu em um texto intitulado "bonecas de quatro", em que o autor destila inúmeros aviltamentos para falar a respeito das posturas feministas com relação às questões de gênero na educação. O autor chama as propostas de educação não-sexista, em que nenhuma criança seja proibida de brincar com brinquedos por eles não serem identificados socialmente com seu gênero, de verdadeiro "abuso sexual", e desqualifica as teorias de identidade de gênero, chamando-as de "fascistas de gênero" e de "maníacos em zoar a vida dos filhos dos outros". O autor parece não compreender o verdadeiro papel de uma educação não-sexista, em desconstruir paradigmas que oprimem tanto aos homens quanto às mulheres, contribuindo desde a infância para concepções mais igualitárias de mundo

Em um momento de  polarização crescente da sociedade brasileira traz à tona as mentalidades e práticas de exclusão e segregação social que vigoraram por séculos, mas que, a partir da Constituição de 1988, a sociedade brasileira decidiu superar. Desde então, vimos construindo os direitos da cidadania, combatendo os preconceitos históricos e as práticas discriminatórias.
Apesar de muitos avanços, as mulheres no Brasil ainda sofrem todo tipo de violência. Continuam sofrendo discriminações, assédios, violências verbais, físicas e assassinatos porque o machismo dominante teima em tratá-las como inferiores e, quando reivindicam seus direitos, são repelidas e reprimidas. Destacamos a violência simbólica cometida por intelectuais como Pondé, que tem todo apoio da grande mídia para veicular seu preconceito e seu machismo.

Nos preocupa particularmente o que este jornalista falará sobre democracia, que democracia ele defende? 

O movimento feminista e de mulheres de Curitiba, vem a público para destacar que a democracia foi construída com muita luta e com muito sangue de muitas mulheres e homens e repudiam qualquer tentativa de desrespeito às mulheres e as instituições democráticas.

Curitiba, 05 de outubro de 2015

Para assinar a moção, insira o seu nome nos comentários 


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Manifesto da UBM pelo Dia 28 de Maio

sábado, maio 30, 2015


Manifesto pelo Dia 28 de Maio - Dia internacional de ação pela saúde das mulheres e Dia nacional de luta pela redução da morte materna

Em tempos de retrocessos, conservadorismo e machismo, em tempos de perdas de direitos consolidados, tanto no Brasil como no Mundo, os países em desenvolvimento sofrem a crise estrutural do sistema capitalista financeiro e sob a perversa orientação de uma agenda neoliberal, de ajustes fiscais com cortes expressivos de recursos nas políticas essenciais, governos são pressionados a adotar medidas econômicas e sociais que restringem os direitos da classe trabalhadora afetando diretamente a saúde das mulheres em todas as faixas etárias.

Em 2015, o 28 de Maio – Dia internacional de ação pela saúde das mulheres e dia nacional pela redução da morte materna é oportuno para ações politicas que fortaleçam a luta por políticas públicas e pela saúde das mulher. A data é uma referência mundial referente às mobilizações do IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, ocorrido na Holanda em 1984, e no V Encontro realizado em Costa Rica. No Brasil o Ministério da Saúde através da Portaria 663 em 1994 institui como o dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

A UBM – União Brasileira de Mulheres em uma ampla aliança com os movimentos sociais, de mulheres e feministas reafirma neste 28 de Maio a defesa pela soberania nacional, pela democracia como condição para uma agenda de desenvolvimento que garanta a todas as mulheres os direitos humanos, entre esses os direitos sexuais e reprodutivos, o empoderamento para decidir livremente sobre os seus corpos e sobre a sua sexualidade, que garanta uma vida sem discriminações e sem violências. Por uma política de Estado que priorize a questão de gênero como condição de superar os padrões impostos pela sociedade que faz das diferenças biológicas, ser homem e ser mulher uma condição para sofrer, adoecer e morrer.


Em relação aos avanços, o país conseguiu reduzir a mortalidade materna em 51% superando a média mundial e latino-americana, mas insuficiente para cumprir a Meta do Milênio que previa reduzir em 2015 a razão de 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, alcançando a razão de 63,9% de óbitos/100 mil nascidos vivos em 2011, conforme dados do MS.

Considerando que a gravidez reflete uma condição de saúde das mulheres e que não deveriam morrer, e ainda, que mais de 90% das mortes são todas evitáveis, pois os problemas de saúde que traz as complicações que levam a morte como hipertensão, hemorragias, infecção puerperal e aborto, se acompanhados com profissionais capacitados poderiam ser prevenidos e consequentemente evitando a morte das mulheres, geralmente jovens e em idade produtiva.

A sociedade organizada deve lutar por mais financiamento na saúde, por uma reforma tributária que tribute as grandes fortunas e o rentismo garantindo mais investimentos para a saúde e para a Política de atenção integral a saúde da mulher. A garantia da saúde como direito e dever do Estado, passa pela efetiva participação popular, momento privilegiado para os movimentos sociais e feministas, quando se realiza as etapas municipais da 15ª Conferência Nacional de Saúde por todo o país.

Por uma politica que considere as desigualdades regionais, econômicas, raciais, de etnias, e que amplie e garanta o acesso universal e equânime em todos os níveis de atenção, considerando as necessidades das mulheres do campo, da cidade, das águas, em situação de rua, adolescentes, jovens mulheres, LGBT, pessoa com deficiência, e aquelas que vivem em condições de vulnerabilidade e risco social.

A UBM reafirma nenhum direito a menos, só direitos a mais, contra a terceirização que precariza as relações de trabalho adoecendo ainda mais as mulheres! A saúde integral das mulheres passa pela afirmação dos direitos sobre o trabalho doméstico, a ampliação da licença materna e paterna, a atenção aos direitos sexuais e reprodutivos garantindo os direitos plenos através da educação formal desde a básica pela permanência da educação em gênero nos currículos escolares.

O que queremos:

1 - A descriminalização e legalização do aborto. Milhares de vidas de mulheres são ceifadas todos os anos, para tanto defendemos o Estado laico e garantia dos preceitos constitucionais. O Congresso Nacional deve por fim aos projetos de lei que violam os direitos humanos das mulheres e violam os acordos internacionais. Os fundamentalismos da bancada religiosa insistem em projetos de lei como o da Bolsa Estupro, do Estatuto do Nascituro e da CPI do aborto, todos versam sobre o corpo da mulher e querem impor os princípios de uns (religiosos) sobre toda a população de uma nação, por isso são fundamentalistas e intolerantes.

2 – Exigimos acesso universal à atenção a saúde com disponibilidade de métodos anticoncepcionais, atenção ao pré-natal, partos sem riscos, atenção pós-natal, atenção obstétrica de emergência, tratamento da infertilidade, serviços de qualidade para tratar as complicações derivadas do aborto;

3 – Garantia de uma cultura do nascimento, que reafirme o protagonismo da mulher e da sua família. Pelo fim da epidemia de cesarianas e dos partos com intervenções desnecessárias e dolorosas que comprometem a fisiologia da mulher;

4- Garantia de interrupção da gravidez de feto anencéfalos conforme preceito do STF/2012.

5 – Financiamento para as políticas de enfrentamento da violência contra as mulheres, entre essas a violência sexual, a feminização da AIDS e outras DST’s fortalecendo as ações intersetoriais principalmente com a educação através do PSE – Programa Saúde na Escola.

6- Garantia do processo transexualizador e utilização do nome social no âmbito da administração pública para as pessoas LGBT’s.

7 – Redução da mortalidade de mulheres vítimas de câncer de mama e cólo de útero com acesso a mamografia e garantia da lei dos 60 dias que garante o tratamento no máximo em até 60 dias.

8 – Fortalecer as ações de planejamento reprodutivos e saúde sexual nos serviços de atenção básica, especialmente em informações e acesso aos métodos anticoncepcionais não hormonais. Ampliar o acesso e informação para adolescentes sobre os cuidados com a sua saúde sexual e reprodutiva favorecendo atitudes responsáveis e saudáveis.

Brasil, 28 de maio de 2015.

União Brasileira de Mulheres

Bibliografia relacionada:
Saúde das Mulheres nos 25 anos do SUS. DAPES/SAS/MS. CNS. Brasília, março, 2014.

Fonte: UBM

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